O vereador Renato Freitas (PT), de Curitiba (PR), liderou no sábado (5) uma invasão à Igreja Nossa Senhora do Rosário, na capital paranaense, durante uma missa, interrompendo a celebração.
Dezenas de pessoas com bandeiras de partidos de esquerda entraram no templo religioso e começaram a gritar palavras como “racista” e “fascista”.
Sem atender aos pedidos do padre que queria dar prosseguimento à missa, Freitas fez um discurso e afirmou que os fiéis tinham apoiado um “policial que está no poder”.
Na visão dele, os assassinatos de pessoas como Moïse Mugenyi e Durval Teófilo Filho teriam relação com a conivência dos católicos a autoridades “fascistas”.
De acordo com o artigo 208 do Código Penal brasileiro, é considerado crime impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto sagrado. A pena varia de um mês a um ano de detenção ou aplicação de multa.
Nas redes sociais, o parlamentar negou que tenha feito uma invasão. Segundo ele, a porta da igreja “se encontrava aberta” e “o lugar estava vazio”.
Na Câmara Municipal de Curitiba a repercussão foi negativa. Vários vereadores pediram a cassação do colega petista. De acordo com Eder Borges (PSD), que protocolou uma ação na Comissão de Ética “é questão de honra” para o Parlamento da cidade “tomar uma providência satisfatória”.
“O vereador cometeu crime e passou dos limites. Não aceitarei vilipêndio da fé. A sociedade está indignada com o ocorrido e é questão de honra para a Câmara Municipal de Curitiba tomar uma providência satisfatória”, discursou.
Militantes de esquerda invadem igreja em Curitiba no momento em que fiéis católicos aguardavam o início da missa. Um vereador do PT participou da ação. Eles dizem que protestavam contra o racismo. Na verdade o que move a turba é ódio ao cristianismo mesmo. pic.twitter.com/gnlnzZ7fNn
— Paulo Eduardo Martins (@PauloMartins10) February 7, 2022