O Ministério Público de Goiás deflagrou a segunda fase da operação Regalia. Realizada com as Polícias Civil e Militar e a Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap). A operação visa desarticular organizações criminosas voltadas à prática de crimes contra a administração pública e tráfico de drogas.
De acordo com o MP-GO havia vários benefícios concedidos aos presos. Eles iam desde saídas sem permissão de presos em regime fechado até saídas escusas redirecionadas pelos agentes. “Os presos recebiam permissão para irem a hospitais, por exemplo, para tratamento, mas os agentes o levavam para outros lugares” afirmou o promotor Ramiro Carpenedo.
Além de obterem liberação momentânea para irem até seus domicílios, outros benefícios eram concedidos, segundo revelou o promotor Antônio de Pádua. “Tudo acontecia mediante pagamento de propina e um dos benefícios era transporte dos presos, que era realizado pelos próprios agentes. Isso constatamos durante mais de um ano de investigação”.
Segundo o promotor de justiça Thiago Galindo, ”Havia um verdadeiro escritório do crime, e tráfico de drogas e segundo o relatório da Seap, tinha um local que era como um quarto de motel mesmo, com frutas e doces e tinha até um livro com o telefone das mulheres.
De acordo com a promotoria as investigações continuaram ocorrendo e não está descartado o desdobramento da operação regalia. Dentre os possíveis crimes que podem ter sido cometidos pelos agentes estão corrupção ativa e passiva, extorsão e formação de organização criminosa.