O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta terça-feira, 11, que “quem tem mais de 25, 30 anos não pode se enganar com o PT“.
A declaração foi dada em entrevista exclusiva ao programa Morning Show, da Jovem Pan.
“Quem tem mais de 25, 30 anos não pode se enganar com o PT. Quem tem mais de 35 anos, viveu de 2003 para cá e viu o que aconteceu. Você vai querer voltar à cena do crime com esses caras? Vai dizer para eles ‘o que você roubou foi pouco, não valeu, pode roubar de novo’”, sustentou o chefe do Executivo federal.
Ao analisar o discurso do mandatário, a comentarista Bruna Torlay pontuou que, entre as mudanças provocadas pelo PT, as classes altas se beneficiaram, afetando diretamente a classe média ao longo dos governos de Lula e Dilma Rousseff.
“Não adianta ficar aí mencionando ‘ah, o Brasil esteve muito bem’. O boom das commodities foi algo que aconteceu internacionalmente. Foi uma série de coisas que deu certo ali no momento em que o Lula subiu à presidência, o mundo estava indo bem e o agronegócio estava estabelecido. Nesse sentido, o governo Fernando Henrique [Cardoso] tem mais mérito, porque pegou um Brasil muito mais difícil e entregou algo importante. No caso do Lula, ele não pegou o Brasil ruim e entregou bom. O que o PT entrega é a pior recessão, sem pandemia, em 2016”, avaliou Torlay.
Para ela, as gestões petistas atuaram com ‘gastanta pública desenfreada’, gerando forte aparelhamento do Estado.
“Tudo que aconteceu em 2015 e 2016 foi a consequência da gastança pública desenfreada que começou em 2006. Temos todos os trabalhos do Mansueto Almeida, que foi monitorando o aumento do gasto público, todos os concursos, todo o aparelhamento do Estado, aumento dos impostos, o aumento do tamanho do Estado, da arrecadação que tornou a vida da classe média impossível”, prosseguiu.
Na sequência, Bruna Torlay frisou que os banqueiros transbordavam satisfação durante a era do PT no Palácio do Planalto.
“A classe média foi rebaixada para que o Lula promovesse uma distribuição de renda superficial, aparente, enquanto os banqueiros, como o próprio Lula dizia, nadavam na alegria. Os banqueiros nunca ficaram tão felizes quanto na era Lula, afinal, o Lula promoveu o consumo e o endividamento da classe média mais baixa, os pobres. O que aconteceu foi um nivelamento para baixo, quem tinha um padrão de vida mais ou menos foi para baixo”, acrescentou a comentarista.