R$ 2,5 trilhões. Este é o valor que os brasileiros já pagaram em impostos desde o início deste ano.
A somatória já consta no site do Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Para se ter uma ideia, até o período de 22 de dezembro do ano passado, o país registrava a marca de R$ 2 trilhões em tributos. O valor corresponde ao total liquidado para a União, estados e municípios na forma de impostos, taxas, multas e contribuições.
Mais informações podem ser obtidas no site (www.impostometro.com.br). Na página, é possível apurar quanto o país, os estados e os municípios estão recebendo com cada tipo de tributo.
Gigante ao tributar, minúsculo ao entregar serviços
O recém-divulgado ranking de retorno dos impostos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), veiculado pelo portal Exame, traz à tona o cenário turbulento vivenciado pelo país há tantos anos. Entra governo, sai governo, continua tudo a mesma coisa.
A análise do IBPT, com dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), analisou que dentre os 30 países do mundo com a maior carga tributária, o Brasil se consolidou em último lugar em termos de retorno desses impostos em serviços públicos de qualidade.
Para que este resultado fosse obtido, o instituto gerou o Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (IRBES), que estabelece setor comparativo de arrecadação proporcional ao PIB ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que mensura a renda, a saúde e a educação.
No conjunto calculado entre as duas variáveis observadas, quem tem maior peso é o IDH (85%).
A Irlanda (com IRBES de 169,4) é o país que apresentou o melhor índice, com uma carga tributária de 22,3% do PIB, porém com alto IDH 0,942. Na sequência, ocupando a lista dos países com a melhor aplicação de impostos, aparecem Estados Unidos, Suíça, Austrália e Coreia do Sul, com índices de 169, 165, 163, 161, 159 respectivamente.
O Brasil, por sua vez, aparece em última posição, pontuando 139,19. O péssimo resultado é justificado pela alta tributária, calculada pelo IBPT em 35,2% do PIB e um IDH de apenas 0,761.