Neste último domingo (19), o ex-líder estudantil Gabriel Boric, de 35 anos, venceu as eleições presidenciais no Chile, após uma disputa polarizada que ocorreu dois anos depois de uma grande onda de manifestações que abriram as portas para uma nova Constituição no Chile.
O resultado final veio de um boletim da autoridade eleitoral chilena divulgado uma hora após o encerramento das votações. Boric teve 54,72% dos votos válidos, contra 45,28% do adversário, José Antonio Kast.
Kast, que representou a coligação dos partidos de direita do país, reconheceu a derrota e parabenizou o candidato eleito através de uma publicação nas redes sociais.
Acabo de hablar con @gabrielboric y lo he felicitado por su gran triunfo. Desde hoy es el Presidente electo de Chile y merece todo nuestro respeto y colaboración constructiva. Chile siempre está primero 🇨🇱✌️ pic.twitter.com/AvpBKs0GFT
— José Antonio Kast Rist 👍🇨🇱 (@joseantoniokast) December 19, 2021
Boric, que se declara agnóstico, defendeu durante a campanha bandeiras como aborto, casamento gay e a realização da Assembleia Constituinte, para que o país tenha uma nova Constituição. Sua candidatura representa a coalizão “Aprovo Dignidade”, que reúne a Frente Ampla e o Partido Comunista.
Uma de suas maiores críticas é o modelo econômico liberal que, segundo ele, deixou uma classe média e baixa endividada para pagar a educação, a saúde e a previdência privada.
Principais propostas do programa de governo de Boric:
- Planeja realizar três reformas: previdência, saúde e educação;
- Promete dar atenção a três temáticas: feminismo, crise climática e trabalho digno;
- Defende mudanças no sistema de pensões do Chile.