A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia continua recebendo reações sendo acusada de cometer diversos abusos ao longo de suas atividades. Mesmo após a votação e aprovação do Relatório Final, cujo texto pediu o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro, incluindo também outras 67 pessoas, além de duas empresas, alvos da CPI seguem buscando ingressar na Justiça contra os excessos cometidos por alguns senadores da República.
Desta vez, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Omar Aziz (PSD-AM. Ela o processa por calúnia, injúria, difamação e dano emocional.
A secretária recebeu da CPI o apelido gaiato de “capitã cloroquina”, integrando a lista de pessoas que tiveram indiciamento pedido pelo relator do colegiado, Renan Calheiros (MDB-AL).
Mayra foi acusada pelos crimes prevaricação, epidemia com resultado de morte e crime contra a humanidade.
“Acusar, dolosa e falsamente, uma médica exemplar com atuação fervorosa na área de saúde de provocar a morte de pessoas significa levar às últimas dimensões o dano à personalidade (honra) pela suprema agressão à dignidade da pessoa humana”, diz a ação protocolada por ela no STF.
Em outro trecho do documento, a servidora aponta trechos de entrevistas e pronunciamentos de Aziz em que o presidente da CPI a acusa de ter levado “à morte irmãos, irmãs do meu Amazonas”.
Apesar de Aziz ser primeiro nome a ser processado por ela, Mayra Pinheiro pretende também levar outros nomes do núcleo da CPI aos tribunais, como Renan Calheiros, e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).