O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira (25) que a desestatização da Petrobras “entrou no radar” do governo. Ele ressaltou, no entanto, que o processo é uma “complicação enorme”.
De acordo com o chefe do Executivo, a privatização da petroleira, sem outras medidas mais aprofundadas, pode criar um monopólio de um ente privado e não trazer melhoras para o consumidor final.
“Isso [privatização] entrou no nosso radar. Mas privatizar qualquer empresa não é, como alguns pensam, pegar a empresa, botar na prateleira e amanhã quem dá mais leva embora. É uma complicação enorme, ainda mais quando se fala em combustível”, declarou.
“Se tirar do monopólio do Estado, que existe, e botar no monopólio de uma pessoa particular, fica a mesma coisa ou talvez até pior” acrescentou.
O mandatário voltou a afirmar que não pode interferir “em nada” sobre a política de preços da companhia e também criticou a forma de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
“Quanto mais aumenta o combustível melhor é para governadores, eles faturam muito mais e quem paga a conta? É o governo federal”, disse.
O recente posicionamento do presidente representa uma mudança de opinião com relação ao início do mandato. Num primeiro momento, Bolsonaro não autorizava discutir a capitalização da petroleira, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.