O papa Francisco voltou a afirmar nesta quinta-feira (14) que o aborto voluntário é ‘homicídio’, reforçando a fala em defesa de que profissionais da saúde se recusem a participar desse tipo de procedimento.
“Vocês sempre estão a serviço da vida humana, e isso pode comportar, em certos casos, a objeção de consciência, que não é infidelidade, mas sim fidelidade à sua profissão. E também é uma denúncia das injustiças contra vidas inocentes e indefesas”, declarou o líder religioso em discurso para farmacêuticos de hospitais italianos.
“Sobre o aborto, sou muito claro: trata-se de um homicídio, e não é lícito tornar-se cúmplice. Nosso dever é estarmos próximos das mulheres para que não se chegue a pensar na solução abortiva, que, na realidade, não é uma solução”, frisou o católico.
O aborto é autorizado por lei na Itália desde a década de 1970. No entanto, profissionais de saúde podem alegar ‘objeção de consciência’ para não atuar neste tipo de procedimento.
“Hoje está um pouco na moda pensar que seria uma boa ideia remover a objeção de consciência, mas essa é a intimidade ética de cada profissional da saúde e jamais pode ser negociada”, acrescentou o papa nesta quinta.