O governo de São Paulo informou nesta quinta-feira (16) que não vai obedecer a orientação do Ministério da Saúde e seguirá vacinando adolescentes de 12 a 17 anos de idade.
Em nota técnica publicada pela pasta, o governo federal recomenda a vacinação apenas para pessoas desse grupo que tenham deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade.
No entanto, para o governo de João Doria (PSDB), “a medida cria insegurança e causa apreensão em milhões de adolescentes e famílias que esperam ver os seus filhos imunizados, além de professores que convivem com eles”.
Ainda de acordo como o Executivo paulista, a vacinação de adolescentes começou em 18 de agosto. No estado, já receberam a substância cerca de 2,4 milhões de pessoas desse grupo, ou seja, 72%.
“O governo de São Paulo lamenta a decisão do Ministério da Saúde, que vai na contramão de autoridades sanitárias de outros países. A vacinação nessa faixa etária já é realizada nos EUA, Chile, Canadá, Israel, França, Itália, dentre outras nações”, diz a nota emitida pela gestão da saúde paulista.
Nesta tarde, durante coletiva, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, apresentou um gráfico que mostra que mais de 3,5 milhões de pessoas entre 12 e 17 anos foram vacinadas em todo o país, e foram relatados cerca de 1.500 eventos adversos —casos em que o indivíduo tem reações que não são previstas em bula.
Desses, segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, a maioria não é grave. No entanto, ele citou o caso de um adolescente que morreu em São Paulo após ter tomado a primeira dose da vacina. O caso segue sob investigação e ainda não se sabe se a morte está associada ao imunizante.