A vacinação contra a Covid-19 passou ser obrigatória na França nesta última quarta-feira (15) e foram suspensos de suas funções todos os profissionais de saúde que não tomaram ou se recusaram a receber a substância.
A medida abrange cerca de 2,7 milhões de pessoas. Até ontem, para continuar a trabalhar, todos os profissionais de saúde -de hospitais, de lares de idosos, cuidadores informais, bombeiros, condutores de ambulâncias- deveriam receber pelo menos uma dose da vacina.
Dois meses após o “ultimato” do presidente francês, Emmanuel Macron, alguns médicos optaram por não se vacinar, o que gerou consequências.
“Cerca de 3 mil notificações por suspensão foram enviadas ontem aos funcionários dos centros de saúde e clínicas que ainda não foram vacinados”, declarou o ministro da Saúde, Olivier Veran, à rádio RTL.
De acordo com Veran, “dezenas de profissionais” demitiram-se, em vez de aceitar o imunizante.
Alguns médicos, enfermeiros e cuidadores têm recusado a vacina devido a questões pessoais ou por razões tradicionais, como a crença de que possam existir efeitos secundários graves.
A França prometeu usar o poder do Estado para punir esses profissionais. Quem recusar a vacina é suspenso, fica sem salário e pode vir a ser dispensado.
Segundo o ministro, “grande parte dessas suspensões são apenas temporárias” e estão associadas “principalmente ao pessoal dos serviços de apoio”.
“Muitos deles decidiram vacinar-se, visto que passou a ser obrigatório”, mas houve dezenas de demissões nesta fase.
Quem não justificar a recusa da vacina, uma contraindicação ou contaminação recente, “não pode mais exercer a atividade”, de acordo com a lei francesa publicada em 5 de agosto.
Em julho, Macron estabeleceu o prazo até 15 de setembro para que todos os profissionais de saúde recebessem pelo menos a primeira dose, sob pena de suspensão da remuneração.