A CPI da Covid ouve nesta terça-feira (14) o depoimento do advogado Marcos Tolentino, suspeito de ser o sócio oculto do FIB Bank – empresa acusada de estabelecer garantias para que a vacina indiana Coxaxin pudesse ser viabilizada e, consequentemente, tivesse contrato firmado entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos.
Tolentino obteve, do Supremo Tribunal Federal (STF), um habeas corpus que concede direito para que ele fique em silêncio durante o depoimento à CPI.
A Comissão apura se eventuais irregularidades na negociação para a compra dos insumos.
O contrato, que veio a ser cancelado pelo governo federal, previa um desembolso de R$ 1,61 bilhão para a compra da Covaxin, por meio de um negócio intermediado no Brasil pela Precisa – representante no país do laboratório indiano Bharat Biotech. A garantia financeira foi de 5% do valor, que reflete cerca de R$ 80,7 milhões.
De acordo com a CPI, além de não ser uma instituição registrada no Banco Central a FIB Bank entregou a garantia fora do prazo contratual. Ainda segundo os senadores que compõem a Comissão, há indícios de que Tolentino é sócio do FIB Bank por intermédio de duas outras empresas que compõem o quadro societário da empresa.
Outro fator levado em consideração é o apontamento de que Marcos Tolentino é amigo do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara.
Marcos Tolentino e o FIB Bank já negaram que tenham uma relação entre si.