Apesar da discórdia entre os dois grupos, o ministro das finanças da Palestina vai a Ramallah para conversas e Hamas anuncia acordo de unidade palestina com rival Fatah.
O Hamas, a Jihad Islâmica e outros grupos palestinos armados pensam possuir e entregar armas na Cisjordânia. As armas serão usadas pelos grupos palestinos na Faixa de Gaza para lutar contra Israel serão transferidas para a Cisjordânia, disse o vice-chefe do Hamas em Gaza, Khalil Hayya, na segunda-feira.
“Essas armas serão transferidas para Cisjordânia para combater a ocupação.. Queremos lutar contra a ocupação na Cisjordânia. É nosso o direito de resistir à ocupação até que ela termine”, disse Hayya em uma conferência de imprensa em Gaza na segunda-feira, sem elaborar sobre como tal plano seria cumprido.
Uma vez que o Hamas expulsou a autoridade palestina dominada pela Fatah de Gaza em 2007, as forças de segurança da Palestina reprimiram a infraestrutura militar do Hamas na Cisjordânia e prendeu membros do Hamas alegando o planejamento de ataques contra Israel.
Hamas e Fatah assinaram um acordo em meados de outubro para restaurar a autoridade governamental em Gaza.
“Essas armas são nossa honra, nossa força, nossa dignidade e a existência do povo palestino em toda a sua força… Aceitamos colocar essas armas na mesa foi falar sobre elas”, disse Hayya.
O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, disse que não aceitaria um cenário no qual a Autoridade Nacional Palestina assumisse a responsabilidade por Gaza e grupos militantes, como as alas armadas do Hamas, as brigadas Ezzeldin Kassam, mantêm suas armas.
No domingo, o ministro das relações exteriores da Palestina, Hussein al-Sheikh, disse: “Só haverá uma arma, uma autoridade e uma lei” na Cisjordânia e Gaza.
Há cerca de 25 mil membros das Brigadas Kassam, que usam milhares de foguetes, fuzis e outras armas. A Jihad Islâmica, a Frente Popular de Libertação da Palestina e outros grupos também têm armamentos na Faixa de Gaza.
Hayya, no entanto, disse que o Hamas está pronto para conceder a decisão de guerra e paz a “uma liderança palestina”.
“Estamos preparados!” Disse Hayya.